sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prioridades

Hoje no trabalho em conversa com dois amigos, que são casados, sobre o tipo de programação que eles faziam, como casais. Um deles reclamou que sua esposa estava insistindo que queria sair pra dançar. Ele canalha, disse: "aah amor, liga o radio e dança! Te acompanho e tudo!" rs Então veio o papo de que eles como estavam casados(ambos com pouco mais de um ano de casados), já não era bom programas de solteiros, curtir baladas e afins, é local onde podem surgir inconvenientes e por ai vai.
Eu questionei, poxa, mas voces estão jovens, e já estão numa atitude de casais antigos, caindo numa rotina. Precisam se animar. Então um deles me falou sobre prioridades, que quando se assume certos compromissos, certos "costumes" cedem lugar a outros, por conta das prioridades que se assume, na vida de casado.
Bem, eu vindo para casa fiquei pensando nessa de prioridades. É engraçado, pois pode parecer um simples mudar de idéia estratégico, pra agradar outrém, para evitar conflitos... mas levando as prioridades a sério, e visando interesses maiores, abandonar certos costumes em função de prioridades, é sinal de maturidade e comprometimento. E isso deve ser louvável, eu louvo tal postura.
Uma boa oportunidade que me fez parar e refletir sobre minhas prioridades e a importancia que dou a elas, frente as diversas decisões que se tomam ao longo do caminho. Agir, é o certo. Priorizar e decidir é essencial.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sobre usar as palavras

    Um bom tempo ausente, mas ando trabalhando bastante! Queria muito poder postar diariamente, mas tem sido dificil. Mas todos os dias, ou quase toda a semana, eu sempre passo por situações que poderiam render ótimos posts.
Vou relatar a última que me ocorreu:
    Estava eu na sala de espera do consultório dentário, e era final de tarde de uma quarta feira. Haviam poucas pessoas aguardando sua vez, eu e mais umas quatro, dentre elas uma senhora com um garoto de 11 ou 12 anos. Ele estava nervoso, iria fazer uma raspagem. Eu entendia o nervosismo dele, raspagem é muito incomodo, eu sofri... Não sei o que a mãe convesou com ele, mas ele nao se acalmava e dizia q não ia entrar, ameaçou a sair, ir embora. A mãe segurou ele e era iminente uma palmadas da parte dela, e a confusão estaria armada.
    Sem pensar eu intervi e começei a conversar com o menino, dizendo q ele sentiria uma beliscada de leve na gengiva, mas depois seria ate divertido, fazia cosquinha, ficava formigando, tipo aqueles docinhos q explodiam na boca. Ele foi mudando a expressão, sorria e virou para a mãe e disse: "Hum, quero entrar logo mãe!!!"
     A senhora aliviada, me agradeceu: "Obrigada! Já estava preocupada, achava q ia perder o controle." A atedente os chamou e entraram.
     Muitas vezes pra tentar resolver um conflito, causamos outro maior, pois queremos dizer aquilo que achamos certo, a verdade e ponto. Bem, eu digo que o certo também não é agradar, falar o que os outros querem ouvir, mas a verdade pode ser dita de forma que conforte, que encoraje. Mas que seja sempre verdade, mesmo que seja incomodo. Acredite, as pessoas ainda preferem o real, mesmo que venha a doer depois. Porque dor pior é ficar esperando algo e na hora não é aquilo. Frustração, sentir-se enganado dói muito mais que a verdade.


domingo, 18 de julho de 2010

Sobre o "não conseguir gostar..."

        Dia desses me peguei falando isso: "não consigo mais gostar de alguem!" Mas falei com tanta espontaneidade que me espantou. Apesar de eu achar muito simples e corriqueira essa minha observação, o que choca é justamente isso, eu achar natural.
        O ser humano é por natureza um ser social, e eu tenho isso muito forte em mim, gosto de pessoas, de me relacionar com elas, faz parte de minha rotina diaria e td o mais. Até aí nada de anormal. Mas vamos estabelecer os limites das coisas. Relacionar-se não implica em gostar. Huuuummm não não, você diz. Tem que haver um mínimo de empatia. E sim, há. Mas é só. Gosto da presença, da compania, mas não é algo que eu não possa viver sem.
        Em caso de amizades entender isso e trabalhar essa dinâmica é simples e bem objetivo. Você conhece pessoas, escolhe-as para seu convívio, insere em seu círculo social. Repito você escolhe, não é qualquer um. Agora em materia de amor(seja namoro, atração física, sexo e tudo o mais), diz-se que não se tem escolha. Se bate a tal química, tem que rolar. Mas comigo não é assim. Tudo passa por um criterio de escolha minha.
        Devo ser a única pessoa(ou uma das raríssimas que existam) que conseguem subjugar o coração a razão. Vai ver é esse o motivo da minha sentença dita acima. Não consigo porque disciplinei minha razão a subjugar meus sentimentos. Sentimentos submissos a razão. Por conta disso não consigo mais chorar quando estou triste, revoltado, irado. Não me explodo mais. A ira vem, tumultuada e intempestiva. Só não transborda por conta da robusta represa da razão, que mantém em ordem, evitando alguma calamidade.
        E com o amar tb é assim. O amor é também irrequieto, causa confusão, fraqueza, te deixa vulnerável. Quem não se magoa tão facil, não se machuca? Bem verdadeira é a expressão caído de amor. O amor te faz cair, baixar a guarda, te desarma. Logo te deixa fraco. E minha razão reage para eu sempre ser forte, vigoroso. Uma rocha impávida diante dos impactos das ondas constantes. A mão que constantemente recebe a dureza da madeira, com o tempo se torna mais sólida que uma simples tábua. Assim fica o coração calejado depois de tantos golpes.
        Mas o que torno a repetir não é esse fato que me perturba, é eu achar isso comum, normal. Estaria eu seguindo um caminho errado? Bem, meu coração as vezes diz que sim. Quando diz que não, não é dizer. É sim o calar submisso frente a razão, que a todo custo zela em preservar-se, a si e ao próprio coração, pois todo movimento de razão visa em salvaguardar a quietude do coração. Sim, a razão ama, e a pureza do seu amor é a mais nobre: A PAZ E QUIETUDE DO CORAÇÃO.





terça-feira, 8 de junho de 2010

A Formação da Personalidade em Jung

O inconsciente é a mãe criadora do consciente. A partir do inconsciente é que se desenvolve a consciência. Há dois caminhos pelos quais surge a consciência. O primeiro é o momento de uma forte tensão emocional, e o segundo caminho é um estado contemplativo no qual as representações se movimentam como as imagens oníricas.

A maioria das impressões surgidas nos primeiros anos de vida se torna rapidamente inconsciente e forma a camada infantil do inconsciente pessoal. O inconsciente pessoal encerra tudo o que foi esquecido ou reprimido ou de qualquer forma se tornou subliminar. Mas no inconsciente podem ser encontrados outros conteúdos, inteiramente estranhos à pessoa, e muitas vezes não apresentam o menor vestígio de uma qualidade pessoal. Material deste tipo é freqüentemente encontrado em doentes mentais contribuindo em muito para sua perturbação. Esses materiais estranhos podem aparecer também em nossos sonhos. A esta camada impessoal da alma denominou-se inconsciente coletivo.

Nossa consciência pessoal é como que um edifício erguido sobre o inconsciente coletivo, de cuja existência sequer suspeitamos. Em geral nos sonhos e também em certos tipos de psicoses encontram-se muitas vezes material arquetípico que consiste de imagens e conexos correspondentes aos que existem nos mitos. (ex. sonho, p. 123 vol. XVII).

Como se dá o desenvolvimento da personalidade e o que é a personalidade é uma questão que requer toda nossa atenção. Falamos comumente de "ser uma personalidade" e de "ter uma personalidade"; em geral o que se quer dizer é que "Pelë" é uma personalidade, o que não quer dizer que "ele" tenha personalidade. São distorções da linguagem que nos confundem. Para que possamos ter personalidade precisamos ser educados e formados para tal. Isto requer que, primeiramente, nossos formadores tenham personalidade. Ninguém pode educar para a personalidade se não tiver, ele mesmo, personalidade.

De modo geral como adultos recebemos uma educação defeituosa, o que também aconteceu com nossos formadores e educadores. Da média dos professores não se pode esperar mais que da média dos pais, ou seja, precisamos nos satisfazer com que ofereçam o melhor que podem e isto é o "que podem". Não é possível exigir das crianças que tenham personalidade, pois isto é um ideal da vida adulta.

O empreendimento de desenvolver a personalidade, é, na opinião dos que estão de fora, um risco nada popular e nada simpático, pois implica, de certa forma, viver ao modo do eremita, à margem de. Implica também na coragem de ir se libertando das convenções e de afastar-se dos caminhos largos, seguindo a via estreita, enquanto a massa apega-se a temores, convicções, leis e métodos pré-estabelecidos.

Que impulso é este então, que impulsiona o homem a seguir um caminho para além do comum? Jung denominou-o designação. Esta designação age como se fosse uma lei de Deus, da qual não é possível esquivar-se, é um fator irracional, traçado pelo destino, que impele o homem a emancipar-se da massa gregária e de seus caminhos desgastados pelo uso. Quem tem designação, escuta a voz do seu íntimo, está designado. A designação não constitui um privilégio das grandes personalidades, estas, foram as que ouviram o apelo e lançaram-se no grande desconhecido.

Todos os indivíduos têm designação, apenas que, em alguns, quanto menos desenvolvida estiver a personalidade, tanto mais imprecisa e inconsciente a voz, até confundir-se com a sociedade. A voz interior é substituída pela voz do grupo social e de suas convenções. A voz induz o indivíduo a deparar-se com questões e problemas dos quais os outros nada sabem. Aos olhos da coletividade este fator, designação, pode aparecer como sintoma ou doença, "loucura". A voz do coletivo diz: "somos todos iguais" e a voz interior diz: somos únicos, cada um é um. A voz do coletivo diz: "isto é só psicológico", não tem importância, esta a acusação mais popular hoje em dia, expressada pelos menos avisados e, provém da grande subestima que se têm pelas forças motoras da vida e da alma. Nega-se o que é incomodo, sublima-se o que é indesejável, afasta-se com explicações o que é angustiante, corrige-se o que se julga um erro; e tem-se por fim, a impressão de ter colocado tudo no lugar.

A única coisa que distingue este homem de todos os outros é a designação. Esta designação implica na coragem de seguir o seu próprio caminho e de colocá-lo acima de todos os outros, enquanto as convenções nada mais podem nos dar que as rotinas da vida, leis que vêm de fora para dentro, absolutamente necessárias em determinadas épocas da vida. Porém, o perigo das convenções, é que mantêm o homem inconsciente, e não implicam em maiores decisões. Toda vez que esta realidade, da designação, quer manifestar-se, precisa individualizar-se, pois normalmente não existe outra escolha possível a não ser a de expressar-se por meio de um indivíduo singular. Somente pode tornar-se personalidade, aquele que é capaz de dizer um sim consciente, ao poder da destinação interior que se lhe apresenta. O que cada personalidade tem de grande, é ela, por livre decisão, sacrificar-se à sua designação.

Autor Desconhecido – Texto baseado no livro O Desenvolvimento da Personalidade, de Carl Jung

O Copo d'água

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.


- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.


- "Ruim " disse o aprendiz.


O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago.


Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:


- "Beba um pouco dessa água".


Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:


- "Qual é o gosto?"


- "Bom!" disse o rapaz .


- Você sente gosto do "sal" perguntou o Mestre?


- "Não" disse o jovem.


O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:


- A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende do lugar onde a colocamos.


Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas.


Deixe de ser um copo. Torne-se um lago...


Confúcio

terça-feira, 18 de maio de 2010

Felicidade é querer ser feliz?

Desejar a felicidade é algo que qualquer pessoa faz, mesmo que instintivamente. Agora algo que não ousaríamos nunca em pensa é não querer ser feliz para conseguir tal. Mas ora essa, e onde se pode ser feliz sem desejar? Com certeza foi essa pergunta que se passou em sua mente, mas calma, segue meu pensamento, pois você vai entender.


Quando algo depende de nós para acontecer, o querer e fazer por onde é a unica saída. Agora ser feliz, não há como negar que é algo que não está em suas mãos. Os defensores da "filosofia de auto-ajuda" vão acabar comigo e dizer que estou absurdamente enganado mas eu repito NÃO SOMOS ONIPOTENTES. Podemos até desejar ser felizes, fazer por onde mas depende de diversas circunstancias, eventos e até nossa própria aceitação da realidade. Eu posso conseguir, por mim mesmo, como também por meio de algo ou alguém, como da mesma forma ser impedido de conquistar tal felicidade.


Ela é um direito que pode nos ser ou não concedido; tem quem diz ser mérito, recompensa, ou atá utopia. Porém a verdade é que ela é acessível a todos, mesmo quando não nos é dada naquilo que esperamos. E quando não é aquilo em que fiamos nosso desejo, ao invés de se desesperar, porque não recebe-la? Não digo receber no sentido de se conformar, mas sim de avaliar. Avaliar a possibilidade de tirar da frustração do não desejado, a chance de conseguir a felicidade.


Lembre se: "Felicidade se encontra nas horinhas de descuido."


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segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hoje é... amanhã pode não ser!

Pare e pense no momento de seu nascimento. Você neste mundo não era; era, somente na ventre de sua mãe, um indivíduo, fato. E o que eras antes, hoje já não é mais, a estatura mudou, a face mudou, os cabelos, e nem os dentes são mais os mesmos. Está vendo como as coisas nesta vida mudam, seja em você mesmo ou seja nas coisas ao seu redor?


Para quem leva uma vida desatenciosa, nunca deve ter parado pra pensar na grandiosidade que é o constante mudar das coisas, o TUDO que é hoje e amanhã pode nao ser mais NADA. Mas e aquilo que temos como tudo em nossas vidas, seja a saúde, um amor, dinheiro, amigos... se um dia resolve-se por não-se-sabe-o-quê vir a ser NADA em nossa vida, ou ao menos deixa de ser o tudo que imaginávamos ser, já parou pra pensar no estrago que isso pode fazer em nossas vidas??


Alguns nem devem conseguir imaginar algo assim, já que esse tudo sempre foi algo sólido e inabalável. Mas eu aconselho a relativizar o "absolutismo" das coisas. Já é duro demais para nós manter absolutos princípios, ética, moral, e outras normas do "bem-viver", ainda mais quando esses mesmos esbarram em situações onde a relativização seria uma saída. Por isso, é deveras pertinente passar a enxergar certas instâncias de nossa vida de forma relativa, principalmente para aprendermos a lidar com perdas. E viver de acordo com o ditado da vovó: " vão se os anéis, ficam se os dedos!"


Bem, vamos usar esse ditado simplório e refletir: um anel por si só, é apenas um anel, sem o dedo de nada vale. Agora o dedo, mesmo sem anel, ainda é muito útil e sempre estará disponível para um anel. Então mesmo que algo que "era" deixe de ser num futuro, seja próximo ou distante, em si não é uma perda ou uma mudança negativa. E sim uma nova necessidade adquirida, que pode levar a possibilidades não contempladas quando o que era hoje, não o era no passado.


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